A 27 de dezembro de 2024, um asteroide em forma de disco de hóquei passou perto da Terra, alertando os sistemas de deteção destes corpos para estarem atentos a possíveis impactos futuros.

Vamos então conhecer o famoso objeto próximo da Terra 2024 YR4!

Entre as órbitas de Marte e de Júpiter encontra-se um zona povoada por rochas espaciais conhecida como a cintura principal de asteroides. De vez em quando, a atração gravitacional de Júpiter impulsiona estas rochas estranhas em direção ao Sistema Solar interior. À medida que estes asteroides vão passando perto de nós em direção ao Sol, existe sempre o risco de atingirem a Terra ou a Lua.

Em 2024, o YR4 acenou à Terra a aproximadamente 2,5 milhões de quilómetros de distância — que é quase sete vezes a distância entre a Terra e a Lua. Observando a sua trajetória, os astrónomos acreditam que 2024 YR4 deve ter tido origem na cintura principal de asteroides.

Os astrónomos monitorizam constantemente os objetos espaciais que se podem aproximar da Terra. Embora mais observações da trajetória de 2024 YR4 tenham mostrado que não irá colidir com a Terra, os cientistas acreditam que ainda existe uma hipótese de atingir a Lua.

Com o objetivo de compreender as suas origens e peculiaridades, uma equipa de astrónomos começou a observar mais de perto 2024 YR4, utilizando o telescópio Gemini Sul, no Chile. A equipa descobriu que 2024 YR4 é um asteroide de tipo S com uma composição semelhante à de rochas encontradas na Terra. O objeto tem cerca de 30 a 65 metros de largura – comparável a uma piscina de competição – e gira rapidamente, demorando apenas cerca de 20 minutos para completar uma rotação em torno do seu eixo.

Compreender as origens e características dos asteroides próximos da Terra é essencial para estimar o risco de tais objetos atingirem o nosso planeta ou outros corpos celestes em órbita. Com telescópios potentes como o Gemini, ajudamos a proteger o nosso planeta de potenciais impactos.

Imagem: Imagem composta do asteroide 2024 YR4 captada pelo telescópio Gemini Sul no Chile. Créditos: International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/M. Zamani

Tradução de Teresa Direitinho - NUCLIO - Portal do Astrónomo